REVELAÇÕES

Há um tempo, estou devendo esse texto ao Jeff, meu querido amigo que mora na Colômbia. Hoje, um dia ensolarado aqui no Brasil, sinto-me inspirada a imprimir meus sentimentos nessas linhas e/ou entrelinhas. No entanto, todo texto precisa de um tema, contudo, vou seguir meu coração. Mas antes, tenho um pedido a você: ao terminar essa leitura, pense nesse aforismo “Não há ponto final para o amor, porque o amor é vida e vida é eternidade”, de Bezerra de Menezes.

Compreender a vida sempre foi um grande desafio para mim. Contudo, percebi que só é possível compreendê-la entendendo os mistérios do amor. Todavia, qual o sentido da vida sem amor? O que é amor? Como é possível sentir-se amado ou amada? Se não há ponto final para o amor, onde tudo começa? Se o amor é vida, como viver sem saber amar? Aprende-se a amar? O amor é exclusivo? O amor prende ou liberta?

Percebi também que para desvendar os mistérios do amor, preciso compreender-me como um ser imaturo, vulnerável e frágil diante dessa loucura chamada vida e que inúmeras vezes vou errar antes de acertar. E que se eu me compreender, vai ser mais fácil eu me perdoar por todas as tentativas e falhas em nutrir o amor por mim e pelo outro. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar. Não mais desacredito na humanidade. Não mais permito que o medo me aprisione. Não mais temo a busca pelo amor. Não mais vivo sem propósito. Não mais fujo do amor. Não mais ... Tudo é um processo.

Descobri que não há problema que não possa ser solucionado pela paciência e que as facilidades nos impedem de caminhar. Vale lembrar que “um animal satisfeito dorme”, já dizia Guimarães Rosa, um ícone da nossa literatura. Todas as manhãs revelam-me sempre um recomeço e eu sou grata por isso.

Querido leitor desse Blog, a vida é pedagógica e aprender é maravilhoso, porém, é necessário ter coragem! Com o tempo, a sabedoria chega para que possamos viver uma vida sem escolhas egoístas, sem julgamentos, sem exigências, sem medos ... Enfim, ela nos permite preencher nossas lacunas existenciais. 

Termino essa reflexão citando Chico Xavier: “Nunca leves adiante a sombra que te prova. Lembre-se da lição do Sol, sereno e superior, que, abrindo cada dia em luz e vida nova, tudo cobre de amor”. 

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